sábado, 26 de março de 2016

Os Imortais

Em janeiro e fevereiro, resolvi ler uma das primeiras séries que comprei: Os Imortais. Também partiu de mim colocar na minha meta de leitura para o ano, pois ela estava lá num cantinho, esquecida e pedindo para ser lida. E eu o fiz.
Os Imortais é uma série que conta um romance adolescente envolvendo uma menina, Ever, que sofreu um acidente e teve uma experiência de quase morte, como se ela tivesse morrido e voltado à vida, e que descobre algumas coisas estranhas nela mesma. Ever consegue ouvir os pensamentos dos outros, enxerga auras, descobre toda a vida de alguém através de um simples toque, lê livros só de pegá-los, vê o futuro.
Ao mesmo tempo que ela precisa se recuperar da perda de toda sua família, precisa se adaptar à nova vida ao lado de sua tia Sabine e encarar a nova escola. Seus únicos amigos são Miles e Haven, até aparecer Damen e virar seu mundo de cabeça para baixo.
É através de Damen que Ever se descobre uma imortal. Os imortais são pessoas que beberam um líquido "mágico", criado pelo próprio Damen, e que ganham vida e beleza eternas, além de poderes, força e habilidades especiais. A única coisa que eles precisam fazer, é beber o elixir, a tal bebida mágica, por toda a eternidade. E apenas um gole já lhes dá, pelo menos, uns 150 anos de vida. Esse elixir é o equivalente ao sangue para os vampiros. Mas os imortais não são vampiros, e isso fica bem claro.
Então, Damen chega na vida de Ever e tudo começa a mudar. Ela começa a descobrir coisas sobre suas vidas antigas, as formas como morreu, a maneira como Damen sempre acabava indo parar em seu caminho, até que se apaixona pelo cara. Durante os livros, eles nunca conseguem ficar juntos de verdade, porque sempre tem alguém ferrando com a vida dos dois: uma ciumenta e louca por Damen, um louco de tesão por Ever, um amigo que sempre aparece na vida deles e acaba atrapalhando em tudo, uma amiga psicopata, ritual de magia negra, envenenamentos, pirralhos... e por aí vai.
A história não muda muito do que já conhecemos: um mocinho e uma mocinha querendo ter seu "felizes para sempre", sempre encontrando barreiras a serem ultrapassadas para conseguirem a felicidade que procuram. E no meio disso tudo, elementos de magia, fantasia e aventura.
Os personagens são bem construídos, com um desenvolvimento razoável, porque as mudanças maiores ocorrem com os personagens secundários, enquanto os protagonistas 1) ou não mudam; 2) ou mudam só nos últimos 2 livros. Um dos personagens mais legais é Roman, que é um dos antagonistas por 3 livros. Ele é o mais interessante e bem desenvolvido.
Há momentos em que é um dramazinho juvenil que enche o saco, mas, também, há momentos em que a história dá uma guinada bacana e fica bem divertida, contando com algumas reviravoltas e alguns momentos chave interessantes.
Porém, a sua trama principal gira em torno da busca da possibilidade dos protagonistas transarem, e isso me deixou bem insatisfeito, porque eu não queria ler 6 livros pra conhecer uma história em que os carinhas ficam correndo pra lá e pra cá, enfrentando 1001 coisas para, no fim das contas, poderem ter uma relação sexual. E sério, essa busca frenética por esse prazer acontece durante os 6 livros.
Não entendi a necessidade e a motivação da autora escrever uma história com esse pano de fundo, mas fazer o quê? Achei demasiado desnecessário e desinteressante.
Não fossem os personagens secundários, a trama teria sido uma chatice só. Haven é a que muda da água pro vinho o tempo todo, sempre procurando se enturmar e se inspirando em tudo o que acha que pode ser cool; Miles é um garoto que quer seguir carreira no teatro e vive procurando um namorado; Sabine é uma tia bacana e careta ao mesmo tempo, sempre se preocupando com a sobrinha enquanto procura um relacionamento estável; Ava é uma vidente engraçada.
Talvez estes livros não sejam interessantes para muitos leitores, mas pode agradar quem gosta de livros como os da saga Crepúsculo. Eu, particularmente, não achei uma história tão legal. Mas, enfim...
A escrita da autora é muito fácil e rápida. A revisão dos primeiros livros é bem feita, mas nos últimos, despenca um pouco e fica razoável. Achei as capas terríveis, horrorosas (odeio capas com fotos de pessoas).
Também encontrei uma inconsistência no texto, onde Ever diz ser impossível enxergar a aura de um imortal em um momento específico, quando, durante toda a trama, é mencionado que imortais não tem auras. It doesn't make sense. Também achei que deveriam ter inserido em todos os livros o anexo com as informações sobre as auras, não apenas no primeiro volume.
Meu veredito final é: gostei de umas coisinhas no meio da história, de algumas relações com a cultura pop, de algumas reviravoltas, dos personagens secundários, de Roman, mas não curti muito a motivação da história, os protagonistas são meia boca, tem uns elementos meio sem noção no meio, achei muito livro pra pouca trama e um final bem sem graça.
A série Os Imortais é de autoria de Alyson Noël e é composta pelos livros Para Sempre, Lua Azul, Terra de Sombras, Chama Negra, Estrela da Noite e Infinito.
Até a próxima página!

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