quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Qual o temor do Sábio?

O Temor do Sábio dá continuidade à história de Kvothe, com a mesma, senão melhor, qualidade do primeiro volume. Patrick Rothfuss é incrível em sua escrita e no desenrolar de sua história. É perceptível o cuidado que ele tem nas descrições dos ambientes e dos acontecimentos, assim como na construção dos personagens e dos diálogos, que são sempre muito bonitos e até inspiradores.
Há também o cuidado do autor em não colocar elementos desnecessários na história, o que torna esse universo ainda mais fantástico. Desde a caracterização dos personagens até o mais simples detalhe em uma cena, são bem colocados a fim de dar mais beleza na história e, claro, para deixá-la mais interessante. Esses pequenos detalhes são um charme que acabam se mostrando muito mais do que realmente são.
A construção do enredo é maravilhosa, com interrupções em momentos certos para deixar que o leitor acabe ficando mais curioso. Tais interrupções também se tornam interessantes e deixam a curiosidade tomar conta. Afinal, o que será que acontecerá nos dias atuais, após todos aqueles acontecimentos dos interlúdios?
O Nome do Vento dá início à história Kvothe. Esse primeiro livro é basicamente o que o protagonista conta para o cronista em seu primeiro dia de narrativa. Neste segundo livro, Kvothe volta a narrar sua história em mais um dia. Porém, como pode-se perceber pelo tempo que eles têm, a história contada acaba tendo um maior número de fatos, ao contrário do livro anterior, em que o protagonista contou sua história em um número menor de horas. Isso também é perceptível no tamanho do livro, que acabou passando de 656 páginas para 960. Mas nem por isso, por ter quase 300 páginas a mais que o anterior, a trama se torna lenta e arrastada.
A escrita do autor possibilita uma leitura fluente, rápida e, ao mesmo tempo, agradável e de fácil compreensão. O número maior de páginas acaba sendo um presente ao leitor, pois a história que é contada é tão incrível e fantástica que fica impossível encontrar momentos que são entediantes. Sempre há alguma coisa bacana acontecendo (ou que aconteceu na vida de Kvothe) e que faz o leitor ficar mais ligado à história.
Enquanto Kvothe narra sua história, outros acontecimentos também ocorrem no tempo atual, os chamados interlúdios, onde o autor passa a narrar os acontecimentos do tempo atual, envolvendo o protagonista, seu aprendiz Bast e com o próprio cronista. Esses fatos estão inseridos em momentos diversos durante o livro e nos deixam com a pulga atrás da orelha. Não há como tentar adivinhar o que o autor está preparando para o final dessa história. O que fica óbvio é que chegará um momento em que Kvothe encerrará sua história chegando ao tempo atual, e acabará acontecendo alguma coisa que mudará a vida dele novamente.
Estes interlúdios também serviram para me deixar com uma desconfiança grande acerca de Bast. Por mais que Kvothe confie nele e ele demonstre estar querendo ajudar seu professor, os capítulos finais dos dois livros que envolveram ele, acabaram me deixando intrigado com seu verdadeiro interesse.
Outra coisa que é bastante interessante neste segundo volume é a expansão do mapa, pois Kvothe acaba conseguindo um emprego e precisa viajar para Vintas e Ademre, onde conhecemos outros costumes e culturas. Também é entre estas viagens que conhecemos o mundo dos Encantados.
Para encerrar, a edição está ótima, quase completamente sem erros. A capa é linda, assim como a anterior, e o melhor, a história vale a pena. O Temor do Sábio é uma aventura fantástica, interessante e muito bem desenvolvida. Mesmo não sabendo o nome do vento e conhecendo o temor do sábio, este livro consegue cativar e envolver de uma forma que há muito eu não sentia. Depois da saga Harry Potter, se tornou a minha preferida!
Peço que leiam esta trilogia e compartilhem comigo suas experiências. Vamos conversar...
Ah, é provável que façam uma série ou filme, os direitos já foram comprados e está em pré-produção, então é melhor ir se preparando hein ;)

Veja também o post sobre O Nome do Vento.

Até a próxima página!

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